Aurélio define restauração como sendo o ato de pôr em ordem o quebrado, refazendo ou consertando, repondo o que se gastou. Voltar a um estado anterior. Por de novo em vigor. Pôr de novo em vigor. Restituir ao poder. Isto tem muito a ver com a coisa, objeto, ou conduta que um dia foi algo perfeito e referencial para tantos quantos os apreciavam, mas em consequência do uso, do tempo perderam a sua condição original, seja por muito uso ou por descuido. Engana-se quem pensa que a restauração é necessária apenas para os cristãos que cometem pecados públicos e escandalosos, como os de Davi, de Pedro e daquele membro da igreja de Corinto que abusou sexualmente da mulher do próprio pai (1ª CO 5:1). O personagem do Salmo 73 precisava de restauração tanto quanto os acima mencionados. O problema de Asafe não era moral, mas uma crise de fé muito séria. Ele quase perdeu a confiança em Deus quando chegou à errada conclusão de que não adianta coisa alguma conservar-se puro e ter as mãos limpas do pecado, já que os ímpios sofrem menos do que os justos. A ponto de romper com Deus, o cantor precisava ter sua fé restaurada, o que aconteceu quando o Senhor lhe falou ao coração (SL 73:17). Entendemos que há na Igreja muitas áreas que necessitam ser restauradas tais como:
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As reuniões de verdadeira oração, quando a igreja buscava a Deus em Espírito e em Verdade e Deus se manifestava;
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Os cultos avivados e os testemunhos vivos do poder de Deus e curas miraculosas quando se via Jesus batizar com Espírito Santo e os dons espirituais em plena evidência em nosso meio;
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Almas se renderem aos pés de Jesus chorando sentido seus pecados;
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Restauração do amor na vida da igreja que impulsionava os crentes a estarem na Igreja em todos os cultos;
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O amor e obediência à Palavra de Deus fazendo com que cada pessoa sentisse a responsabilidade de obedecer à Palavra de Deus independentemente de ser exigido pelo Pastor.
Como ela se dá?
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Ela acontece através dum processo às vezes doloroso, pois vamos lidar com hábitos que já se alojaram em nós com toda força. E para nos livrarmos requer às vezes dor. A sujeira é tirada, o que havia se quebrado é reposto, as formas reais são restauradas, o brilho é devolvido.
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A restauração de um objeto é passiva, isto é: ele apenas sofre a restauração das mãos de outros. No crente a restauração pode ser ativa: ele busca ser restaurado, dá os passos necessários à restauração; e passiva: o crente é restaurado pela graça de Deus, mediante o agir do Seu Santo Espírito. Restauração é o agir de Deus na nossa vida, por isso precisamos deixá-lo trabalhar.
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A restauração é espiritual, isto é, de dentro para fora. Ela é realizada por Deus a partir do momento em que nos dispomos a ser trabalhados. Não nos restauramos a nós mesmos, com nossas obras em favor próprio, pois somente Deus com a sua graça pode operar um milagre em nós. Restauração não é fruto dos nossos próprios esforços, mas de uma atitude positiva de Deus em favor nosso, sem merecimento ou mérito algum da nossa parte.
Quais os objetivos da restauração?
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Santidade: Estamos em pecado e a nossa imagem está desgastada por causa desse pecado. Precisamos nos purificar dos nossos pecados (1ª CO 7:1; HB 9:14).
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Caráter: Abandonamos a nossa imagem real e precisamos resgatá-la. A restauração transforma o nosso caráter para que voltemos a nos parecer com Jesus (GN 1:26; RM 8:29; 2ª CO 3:18).
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O Primeiro Amor: Abandonamos o nosso primeiro amor. O amor precisa ser restaurado dentro de nós (AP 4:5; CL 3:14; 2ª JO 5:6).
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Comunhão: Nossa comunhão com Deus foi quebrada e precisa ser restaurada. Deus precisa ser restaurado ao Seu lugar de Autoridade na nossa vida. (1ª CO 2:9).
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Relacionamentos: Nossos relacionamentos são prejudicados por causa do nosso pecado. Precisamos pedir perdão e perdoar (CL 3:13; MT 6:12).
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Servilismo: Somos restaurados para servir uns aos outros e a Deus, acima de tudo sendo suas testemunhas (EF 2:8-10; GL 5:13; RM 1:1; 1ª PE 4:10).